O governo da República esta constrangido, chocado já não sabe como anda ou se não anda. Certamente, o Palácio do Planalto, os ministros mais lúcidos, excetuando-se naturalmente os ministros das Relações Institucionais, Pepe Vargas, e o suposto (para ele) gênio, Aloízio Mercadante, chefe da Casa Civil, olham para trás. Para onde levam a presidente Dilma é uma incógnita. O bloco carnavalesco “Unidos do Alvorada”, composto pela cúpula governamental, se reuniu há poucos dias. Reforçado com a presença do ministro da Defesa, Jaques Wagner, que pouco a pouco toma posição na mesa de confabulações e de definições Planaltina. Distancia-se, é o que se fala, do ministério da Defesa e dos militares. A preferência no momento é a crise. O bloco do desespero está mais tonto do que a própria presidente. Afinal, desabar em popularidade como o Datafolha demonstrou, já no primeiro mês de governo, é uma aberração nunca vista por estas bandas.
Pior não é o descer ladeira abaixo. É a dúvida sobre o que está para vir, com o aumento do custo de vida para os brasileiros, a derrocada da política econômica da gestão anterior, que somente Dilma não via e de igual modo o incompetente ministro da Fazenda, Guido Mantega. A Petrobras está mergulhada nas trevas da corrupção. Isso também ninguém viu, embora tenha iniciado lá atrás, no governo Lula, “o gênio da raça”, para lembrar uma alusão do extraordinário Glauber Rocha ao se referir a Ernesto Geisel. Glauber estava, então, próximo da morte.
Ainda há perspectivas piores para o arrependimento eleitoral que a população brasileira foi levada em outubro do ano passado. Agora, a Inês é morta. A inflação já está na casa dos 7,30% e o mercado econômico, a partir de estudos, chegou à conclusão de que no momento o crescimento do Brasil é zero. O que vale dizer, o PIB tende a desabar como tem acontecido a partir de previsões de inícios de ano que não se confirmam nas contas de dezembro. Se, porventura, a situação continuar nesta marcha batida, é provável que desça sobre o País uma época de recessão econômica com terríveis reflexos, complicando o que já está complicado neste início do segundo mandato de Dilma.
Com seu prestígio popular embalado para baixo, a presidente se perdeu no emaranhado de erros e mentiras que o eleitor aceitou, enganadamente, nas eleições de outubro. Pior ainda é que o seu partido, o PT, é visivelmente uma legenda decadente, como o próprio José Dirceu, um dos seus fundadores (e também complicadores) reconheceu na semana passada. Dilma estava silenciosa. Nada dizia (não tinha o que dizer), assim como o chefe Lula que só abriu a boca, mesmo assim para ler um discurso escrito, na “festa” dos 35 anos de fundação do partido, que havia emergido, em outros tempos, empunhando a bandeira da salvação e do desenvolvimento.
Lula nada disse de interessante e não poderia mesmo dizer por que o futuro já não está à vista para o governo, embora os petistas tenham aplaudido, em coro, o complicadíssimo tesoureiro João Vaccari Neto. Para a nação, aplaudir um suposto corrupto, que também supostamente carregava dinheiro da roubalheira para fornir os cofres da legenda, foi um depravado desrespeito aos brasileiros. Quando se aplaudem corruptos é porque o País está mesmo no fim da picada, nos seus estertores. Difícil entender.
Numa república que caminha aos tropeços, sem saber para que lado vai, nada mais é do que uma revelação da realidade que faz parte do dia a dia da população de maneira geral. Como ficou demonstrado na pesquisa do Datafolha, o povo está entendendo perfeitamente o que se passa neste Pindorama caduco e desajeitado. Quando se tratam do bolso e do estômago, o brasileiro chia. As dificuldades do dia a dia o povo tem pleno conhecimento do significado. O que leva a crer que os próximos meses serão muito piores, para a população de maneira geral e para o desespero de Dilma Rousseff, cuja competência está posta à prova.Fonte:Bahia Noticias