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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 16 de março de 2015

Berg Borges:"Entendo que o momento é oportuno para se começar a discutir"

Recentemente fui chamado a discutir Segurança Pública no município de Biritinga. Muitas pessoas estavam interessadas no assunto e compareceram à Câmara de Vereadores para ouvir o que as autoridades tinham para informar à população que está cansada das ações de alguns malfeitores que ultimamente vêm perpetrando atos de violência no campo e na cidade, principalmente no campo.

Tenho estado frequentemente entre os amigos de lá e ouço muitos deles me afirmarem que depois que eu saí do comando do policiamento a coisa piorou, que se instalou uma bagunça e que perdeu-se o controle das coisas na pequena e pacata Biritinga.

Pois bem, entendo que o momento é oportuno para se começar a discutir um plano de ações com vista a minimizar os problemas e ter-se garantido a segurança que é um direito social. Sobretudo, não podemos nos esquecer de que a falta de segurança em regra é proporcionada também pela carência de outras necessidades básicas na vida das pessoas.

Com base nesta afirmação, tentaremos clarear alguns pontos importantes que talvez passem despercebidos para muita gente.

Primeiramente, sabemos que as condições econômicas do município não são das melhores. Biritinga é um município eminentemente rural e grande parte das pessoas que residem na sede têm histórias, ligações de uma forma ou de outra com o campo e historicamente o campo nunca foi privilegiado. Apesar de se notar algumas ações para atacar problemas pontuais, mas o que se vê é a falta de políticas públicas sólidas para melhorar a vida no campo, o que reflete na zona urbana.

A educação das pessoas no campo ficou dependente em grande parte das diretrizes que a cidade traçou para uma economia voltada para o urbano, considerado, infelizmente, por alguns, como mais importante. Basta comparar a qualidade das escolas que eram entregues à comunidade campestre com as edificadas na cidade. No município a única escola estadual que há está instalada na zona urbana. Deixou-se a responsabilidade de construir escolas na zona rural para o município.

 Não se fortaleceu o campo, por consequência enfraqueceram a cidade. Sem contar na formação das pessoas que pouco aprendem sobre a sua realidade de pequeno agricultor.

A própria policia de um modo geral não tem planos consistentes no que diz respeito a policiamento em zona rural, boa parte do que se aprende nas escolas de formação é voltada para o policiamento urbano. Veículos, armamento, fardamento, comunicação foram desenvolvidos para demandas urbanas. As legislações do campo são pouco discutidas e entendidas por parte de muita gente, por exemplo: o volume sonoro considerado ilegal no campo é menor do que o da cidade e as pessoas pensam o contrário que na zona rural que podem abrir som em toda altura.

Então, é necessário revermos muitos de nossos conceitos sobre segurança pública, proteção de pessoas e patrimônio, quando o assunto é o campo. O campo a despeito de há pouco tempo ter absorvido a forma urbana de viver, mas dela muito se difere e por isto quase tudo requer novas técnicas, novos modelos.

Muitas pessoas acreditam que uma pessoa pode resolver os problemas de insegurança que surgiram nos últimos meses. Não, agente não precisa de um super-homem que faça a mudança imediata. O que se precisa é uma discussão ampla com a comunidade camponesa a respeito dos problemas das comunidades e daí tentarmos solucionar em conjunto, pois ninguém tem a fórmula mágica da paz social. Ela é construída à base da solidariedade. E neste caso, temos que admitir: o mundo está pouco solidário.

Entender o modo de funcionamento da economia do campo é essencial para implantamos um modelo de gestão de políticas públicas voltadas para a economia, principalmente a economia solidária, uma forma de se aliar fatores econômicos que não busque o lucro pelo lucro.

Falou-se em ronda rural para aplacar a sanha dos delinquentes que estão fazendo com que as pessoas se mudem de suas casas no campo e migrem para a cidade. Esta medida em curto prazo poderá surtir algum efeito, mas funcionará como analgésico que não cura a doença apenas trata de conter a dor, é um paliativo.

Entendemos que o laser saudável precisa ser estimulado nas comunidades rurais. Os campos de futebol estão quase todos desativados; vemos pouca influência do esporte na vida das pessoas, onde a prática desportiva se resume em grande parte aos “babas” de fim de tarde.

Devemos incentivar a pratica de outras modalidades como a que vimos na comunidade de Baixa Pequena com seu grupo de capoeira do mestre Santana e o grupo de jiu jitsu do sensei Ney, na comunidade de Montanha.

Então, meus amigos como podem ver, temos muito que discutir e este pequeno espaço vai se prolongar para que possamos nos unir, solidarizarmo-nos, em prol da boa vivência no campo e também na cidade, pois entendemos possível uma vida digna, com paz e harmonia, nessa cidade que aprendi a gostar e onde quero viver plenamente com segurança.Fonte:facebook(Berg Borges é Policial Militar)