O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia foi palco, na tarde desta terça-feira (07), de uma discussão sobre a investigação de possíveis desvios financeiros durante a execução das obras do metrô de Salvador. O debate foi motivado pela matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, no último final de semana, que acusava o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), então prefeito da capital baiana, de envolvimento no escândalo.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o deputado estadual Joseildo Ramos (PT) defendeu a averiguação das ações: “Queremos investigar tudo e todos, sem nenhum problema”. O parlamentar lembrou a denúncia publicada pela Revista Isto É, em dezembro de 2009, quando o metrô já completava 10 anos do inicio de suas obras. “O metrô, naquela época, tinha a previsão de alcançar 41 quilômetros e só tinha 6,5 quilômetros prontos”, disse.
“Era conhecido como o ‘autorama baiano’. Mas o autorama, a brincadeira na Bahia, custou R$ 1 bilhão aos cofres do Estado brasileiro e ficou inacabado por diversos anos sob a responsabilidade da prefeitura”, acusou o parlamentar. Ainda de acordo com Joseildo, pelo menos cinco empreiteiras que constavam no Metrosal, consórcio que construía o metrô à época, foram indiciadas na Operação Lava Jato.
Para o deputado, “ninguém está além da suspeição em um Estado democrático” e este é o principal argumento para que se possa realizar uma investigação concisa e cirúrgica sobre o que aconteceu nos bastidores das obras do metrô baiano. “O TCU detectou o sobrepreço de R$ 166 milhões. A operação Castelo de Areia não prosperou porque os grampos não receberam autorização judicial, uma formalidade que deixa sob o tapete indícios de desvios de recursos do erário da União e da Bahia”, apontou.
Assessoria de Comunicação