Menos de 12 horas após o grave incidente contra jogadores do River Plate na volta do intervalo para o duelo de oitavas de final da Libertadores, na noite da última quinta-feira, o Boca Juniors é considerado o único culpado pelos problemas em La Bombonera, e o estádio foi fechado pelo Ministério Público de Buenos Aires.
Na manhã desta sexta, em entrevista ao canal C5N, o promotor geral da cidade, Martín Ocampo, afirmou que o local será inspecionado ainda hoje pelas autoridades.
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Quatro deles - Leonardo Ponzio, Ramiro Funes Mori, Matías Kranevitter e Leonel Vangioni - sofreram queimaduras de primeiro grau e reação alérgica, precisando de pronto atendimento médico. O duelo ficou paralisado por mais de uma hora até a Conmebol e a arbitragem decidirem suspender o jogo.
"Queremos deixar claro aos cidadãos que se está investigando o que aconteceu pela cidade. Depois, as medidas apropriadas serão tomadas a partir da promotoria que cuida do caso", garantiu Martín Ocampo, dizendo que o túnel inflável será a primeira parte inspecionada - foi de lá que um torcedor acionou o spray.
Enquanto isso, o secretário de segurança nacional da Argentina, Sergio Berni, tirou da polícia a culpa pelo incidente e responsabilizou apenas o Boca Juniors. "Não tenho nenhuma dúvida de que a responsabilidade é do Boca", sentenciou.
Ele disse que "não houve agressões nem corridas", mas que teve "negligência no momento de gerir a segurança interna".
O secretário defendeu também a inspeção feita antes da partida: "Quando você viaja de avião leva 60 minutos para fazer a revista de 400 pessoas. Aqui passam de 60 mil. Você sabe como é: uma inspeção não é garantia de nada."
Sergio Berni afirmou que ninguém foi detido e explicou que ao menos uma camisa de jogador do River Plate está em poder das autoridades para "fazer as análises químicas correspondentes e determinar o que foi atirado".