A Prefeitura de Itarumã, no sudoeste de Goiás, ameaça suspender a distribuição de comida para presos de Caçu, a 45 km de distância da cidade, e que cumprem pena no município, caso os detentos não sejam transferidos de volta à cidade de origem até o fim deste mês. A cadeia está com presos das duas localidades, pois a penitenciária vizinha está passando por uma reforma.
Dos 29 presos que estão em Itarumã, apenas cinco são do município. Os outros 24 vieram de Caçu, pois a cadeia do município foi destruída após uma rebelião em 2013 e está sendo reparada. De acordo com o secretário de Administração de Itarumã, Wilmar Bento Severino, manter os detentos das duas cidades representa um custo muito grande para a prefeitura.
Segundo ele, os gastos com energia, água e material de higiene triplicaram. “Hoje, a nossa despesa com o presídio é de aproximadamente R$ 40 mil. Se não tivesse os presos de Caçu, seria uma faixa de R$ 12 mil”, disse.
Caso os presos de Caçu não sejam transferidos para a penitenciária da cidade de origem até o fim deste mês, a prefeitura disse que suspenderá a alimentação dos detentos que não forem de Itarumã para conseguir diminuir os custos.
A Polícia Militar, responsável pela segurança da cadeia do município diz que com tantos presos no local, o trabalho fica comprometido. “O trabalho nas ruas fica comprometido, porque a equipe tem que ficar cuidando do presídio”, disse o policial Gilberto Lemes de Moraes.
Porém, a prefeitura de Caçu disse que já está em fase de conclusão da obra, mas que o município de Itarumã tem recebido regularmente a verba para manter os presos e que o dinheiro é passado diretamente pela agência prisional. A Superintendente Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou que o repasse de verbas para a prefeitura de Itarumã também está em dia.Fonte:G1