Lula participou de um encontro com sindicalistas e disse que a oposição parece pastor evangélico. Explica-se: segundo o Babalorixá de Banânia, os partidos oposicionistas têm a mania de culpar o governo por tudo, assim como os pastores evangélicos sempre imputariam ao diabo as dificuldades.
Afirmou o pensador: “Os pastores evangélicos jogam a culpa em cima do diabo. Acho fantástico isso. Você está desempregado. é o diabo; está doente, é o diabo; tomou um tombo, é o diabo; roubaram o seu carro, é o diabo”…
É claro que se trata de uma simplificação grosseira, estúpida mesmo, de várias confissões religiosas.
O pastor Silas Malafaia, como já noticiou Lauro Jardim, deu uma resposta exemplar ao chefão petista. Assistam ao vídeo.
Por quê?
E por que eu estou bravo com Malafaia? Porque a resposta que vai acima era o que eu estava destinado a escrever: o mensalão, o petrolão, o dossiê dos aloprados, essas sem-vergonhices todas, não são obras do diabo, mas do PT.
O diabo, Lula, é mais ambicioso e, à sua maneira, mais sofisticado do que o partido. Ele quer almas; o PT quer dinheiro; o diabo quer a renúncia a Deus; o PT se contenta com a adesão de antigos inimigos; o diabo exige uma conversão sincera — é a moral do mal —; o PT se contenta com o apoio dos oportunistas.
Em muitos aspectos, Lula, o PT é muito mais enganador e trapaceiro do que o diabo. É mais vigarista também. O diabo exige a conversão ao mal em troca de benefícios; o PT tenta provar que a lambança é o único caminho virtuoso que pode conduzir ao bem.
O diabo, Lula, que deve ser evitado de todas as formas, consegue ser ainda mais sincero do que o petismo, compreende?
Espero que os evangélicos, de todas as denominações, tenham entendido o que Lula realmente pensa sobre sua fé.
Por Reinaldo Azevedo