As dificuldades que envolvem a economia do país, uma consequência da incapacidade gerencial do governo, vão além, muito além, do que a princípio se imaginava. Torce-se para que as dificuldades não avancem, mas na medida em que novos fatos emergem, robustece-se o entendimento de que todas as classes sociais brasileiras sofrerão, e muito, a partir dos cortes que o governo determinará para os diversos segmentos econômicos. Nada ficará à salvo. Quem mais será atingida pelo resultado da incompetência gerencial de Rousseff serão as categorias abaixo da classe média, atingido, de certo modo, a classe média alta e, com mais intensidade, a base da pirâmide social.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levi, importado do setor privado para realizar o trabalho de carrasco, infelizmente necessário, queria que os cortes do governo chegassem a R$ 80 bilhões, mas ficaram em torno de R$ 69 bilhões, beirando os R$ 70 bilhões. Foi uma exigência do setor político que tem tanta culpa como a que recai sobre a presidente, a começar pelo que tudo já se sabe em reação à larga corrupção na Petrobras, assim como em diversos setores públicos que, espera-se, mais adiante venham à tona.
Havia um conluio generalizado entre empreiteiras, diretores postos em cargos importantes nomeados pelo governo e por políticos que também é de se aguardar que venham a ser punidos implacavelmente. Esta é a única forma de excluir os que não prestam e já praticam crimes, e os que não prestam, mas chegaram na última eleição a cargos, principalmente do Congresso Nacional, sem se falar nos governos federais e estaduais, ministérios e secretarias de estado, inclusive aqui na Bahia, como se tem ultimamente divulgado.
O corte desejado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não foi maior porque o Congresso impediu. De outro modo, a presidente Dilma Rousseff passa ao largo. Hoje é uma mera figurante, cuja função no momento é apenas ser a representante da República de um país que a elegeu como governante de forma democrática. Daí não ter nenhum sentido, frise-se, falar-se em impeachment. A punição a ela já acontece na forma da ausência de comando, com funções restritas, apenas para, vez por outra, dar uma entrevista tola à imprensa, tropeçando em palavras e errando no dizer.
Enfim, os cortes atingirão setores básicos com a saúde, a educação (ver nota abaixo) e segmentos sociais, com menos intensidade, naturalmente. A economia vai muito mal, portanto, a inflação dispara e o povo, a parte mais fraca da sociedade, paga o preço. E o governo, quem diria, é do PT.Fonte:Bahia Noticias