Quando o microfone da convenção nacional do PSDB chegou às mãos de FHC, os tucanos ouviram um discurso mais moderado que a média daquela tarde. Apesar de dizer que o “lulopetismo quebrou o Brasil” e que o PSDB está preparado para “assumir o que vier pela frente”, FHC não tocou diretamente no impeachment de Dilma Rousseff.
Dias depois da convenção, chega às livrarias Impeachment de Fernando Collor (Editora 34), do sociólogo Basilio Sallum Jr, cuja orelha é assinada por FHC. Diz o ex-presidente, ao recomendar a leitura do livro, mantendo a sutileza:
– A hora é mais do que oportuna para revermos as condições nas quais foi possível prosperar uma operação política tão delicada e de consequências tão imprevisíveis como a destituição de um presidente eleito pelo voto popular (…) daquele momento em diante se instaurou, com a aparência de estabilidade, o que veio a chamar-se de “presidencialismo de coalizão”, que ora sofre seus percalços.
Por Lauro Jardim(radar on-line)