Alguns homens se sentiram ofendidos com a nova propaganda da Bombril, estrelada por Ivete Sangalo, Monica Iozzi e Dani Calabresa. A peça, que faz piada com quem é do gênero masculino, virou alvo de investigação do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), após o registro de cerca de 15 queixas, nesta quarta-feira, que alegam "discriminação" e "ofensa à figura masculina".
"Eu concordo com a Ivete, toda mulher nasceu para brilhar", fala Mônica, na abertura do comercial. "Ah, a gente brilha muito", complementa Dani. Em seguida, Ivete diz: "Meu amor, a gente arrasa no trabalho, faz sucesso o dia todo e ainda deixa a casa brilhando", diz, acrescentando que "toda brasileira é uma diva".
Em seguida, elas comparam as mulheres com os homens. "Ixe, esses daí nem com todos os produtos da Bombril para ajudar na casa", afirmam, dizendo que não dá nem para comparar. Então, Calabresa solta o trocadilho que incomodou a ala masculina: "Toda mulher é uma diva, e todo homem é 'diva-gar' [devagar]". Ao final, Ivete encerra a peça: "Divou! Bombril, os produtos que brilham como toda mulher".
Nas redes sociais, o papel se inverteu: foram as mulheres que criticaram a propaganda. "São tão divas que estamos aqui falsamente alimentando seus egos pra dizer que, na verdade, a limpeza é papel seu!", disparou uma usuária do Facebook na página oficial da marca. "Machista até o caroço, que vergonha!", afirmou outra usuária da rede.
Em nota, a a Bombril esclarece que a campanha foi "estrategicamente desenvolvida para valorizar o protagonismo feminino". Para a marca, o vídeo usa uma linguagem "bem-humorada" para ressaltar o valor da mulher na sociedade brasileira e não tem a intenção de ofender os homens ao fazer uma brincadeira com a palavra diva.
A propaganda deve ser julgada em setembro. Até lá, o comercial, que entrou este mês na TV aberta, poderá ser veiculado normalmente. Em 2011, o Conar julgou - e arquivou - um caso parecido, em que, em uma propaganda da Bombril, Marisa Orth, Dani Calabresa e Monica Iozzi comparavam os homens a cachorros, sugerindo que eles fossem adestrados.FONTE:VEJA