A CVM diz que Cunha é responsável por "ter anuído e se beneficiado de negócios realizados em seu nome" intermediados pela corretora Laeta DTVM, "caracterizada a realização de práticas não equitativas, estando configurada a conduta vedada". A fraude, conforme a CVM, consistiu "na montagem de um esquema" que gerou "ajustes do dia negativos (perdas) para os fundos da Prece e ajustes do dia positivos (ganhos) para determinados clientes" das corretoras.
De acordo com a documentação, um dos ex-presidentes da Cedae foi afilhado político de Eduardo Cunha e foram identificados prejuízos de R$ 17 milhões, com acusação a 93 pessoas e empresas, entre 2002 e 2013. Outra etapa da investigação, aberta em 2012, apontou prejuízos de mais R$ 39 milhões, com suspeitas sobre 37 pessoas e empresas, incluindo Cunha. A fraude foi possível, segundo a CVM, porque a indicação da identidade dos beneficiários finais das transações na antiga BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) de São Paulo ocorria apenas ao final do pregão, "podendo, assim, ser realizada a distribuição dos negócios de acordo com o que se mostrasse mais conveniente".Fonte:Bahia Noticias