Um morador do município de Cruz das Almas ingressou com ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra os bancos da cidade, para obrigar as instituições a cumprirem determinação da Justiça Federal que estabelece que as agências devem respeitar o prazo máximo de 15 minutos para atendimento de clientes nos caixas. Na ação, protocolizada na última terça-feira (8), o popular ainda pede providências para uma situação com a qual os consumidores se deparam cada vez mais em bancos no interior do estado: a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos durante o fim de semana. No pedido de abertura de ação civil, o radialista Luan Lopes alega que o fato de os clientes darem com a “cara na porta” ao se depararem com a falta de cédulas nos finais de semana fere artigo do Código de Defesa do Consumidor.
Lopes se diz cansado de “sofrer constrangimentos nas instituições bancárias” de Cruz das Almas e que, mesmo com o aumento no número de assaltos às agências bancárias no interior do estado, os consumidores não podem ser penalizados por isso com a falta de dinheiro nos caixas. “O papel de proteger o patrimônio é dos bancários que lucram abusadamente com as tarifas e os impostos, eles que invistam em segurança para suas agências”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, a determinação da Justiça para o atendimento de clientes em até 15 minutos nas agências foi uma conquista importante da sociedade, mas que vem sendo desrespeitada pelos bancos. “Os bancos têm reduzido o número de funcionários nos últimos dois anos. Apesar de lucros bilionários, eles revelam não ter nenhum compromisso em prestar um bom atendimento à população. A responsabilidade da demora não é do bancário, mas da direção da empresa, que prefere demitir, ao invés de assegurar o bom atendimento à população”, criticou ao Bahia Notícias.
Vasconcelos afirmou ainda que é dever dos bancos investir em segurança nas agências, para evitar os episódios de explosão de caixas eletrônicos. “Se as empresas usassem dispositivos de segurança que incinerassem as cédulas Seria muito mais eficaz A redução de dinheiro nas máquinas penaliza diretamente o consumidor”, disse. Para ele, as instituições bancárias investem muito pouco em segurança. “Em tese, apenas 6,5% do lucro vai para a área. Porém, a maior parte é destinada para proteção das transações na internet”, explicou.Fonte:Bahia Noticias