Trabalhadores da antiga EBDA- Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola realizaram uma manifestação na manhã de ontem (28), contra a desocupação do prédio, que está passando por reformas. No local irá funcionar de agora em diante a Bahiater e parte do Cetaf, que reúne diversos órgãos de apoio à agricultura familiar.
Apesar da reforma ter sido anunciada pelo governo da Bahia, os cerca de 900 trabalhadores que foram reintegrados por força de uma liminar da Justiça acreditam que as obras são uma retaliação, como afirmou o presidente do Sintagri-Sindicato dos Trabalhadores da Área Pública Agrícola da Bahia, Jonas Dantas. Ele criticou a reforma imediata, que obriga os funcionários a deixarem as unidades da empresa.
“Em primeiro lugar se houvesse necessidade de uma reforma física dos nossos equipamentos, isso não poderia ser feito com a retirada dos profissionais, principalmente porque nós estamos sob efeito de uma liminar reintegrando os trabalhadores aos postos de trabalho. Então isso é uma ação de retaliação, que não tem nenhum critério, tentando esvaziar o nosso movimento e fazer com que as pessoas desocupem o prédio”, avaliou o sindicalista.
Ele explica que a reintegração depois de 900 demissões é fruto de uma liminar, que obedeceu ao Tribunal Superior do Trabalho. “Diante disso, esgotado todo o processo de negociação, nós vamos recorrer à Justiça através de um dissídio coletivo para que ela avalie a nossa proposta dentro de um processo de demissão em massa”, informou.
A coordenadora da antiga EBDA, Edilza Reis, confirma que a reforma está mesmo prevista mas assegura que não será necessário os servidores desocuparem o prédio. “A informação é que a empresa que ganhou a licitação para proceder à reforma fará pintura interna e externa do prédio. Quando da informação dessa reforma, nós comunicamos aos funcionários que faríamos uma troca de posições, começando a reforma por fora, e depois por dentro, e no horário que o pessoal não estivesse aqui, se faria o trabalho mais pesado”, tranquilizou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.