Há quase dez anos Eduardo Dussek descobriu que sofre do mal de Parkinson - distúrbio causado pela morte de células do cérebro que provoca, entre outros sintomas menos aparentes, tremores nas mãos. Pela primeira vez, o ator resolveu falar publicamente sobre o problema. “Qualquer doença deve ser combatida com alegria. Não a vejo como castigo ou desgraça. Eu a enxergo como um fator de iluminação. Se ela veio, foi para me iluminar”, diz ele, aos 57 anos, em entrevista a revista Quem.
Com sólida carreira como cantor, compositor e ator de teatro, Dussek contou que sentia falta da TV. “É um grande desafio para mim. Trabalhei muito tempo em teatro, que possui uma técnica diferente. A TV exige mais rapidez. Os atores principais, como Alexandre Borges, Letícia Spiller, Bruna Marquezine, Nicette Bruno e Tatá Werneck, são verdadeiros craques, trato-os como heróis. Eles gravam milhares de falas todos os dias e não dão uma pestanejada! No dia seguinte, aparecem com a cara mais linda do mundo. Eu faço três ceninhas e fico acabado”, compartilhou ele.
O ator também contou que está namorando há três anos e falou sobre a doença que está com ele há oito anos. “Tenho Parkinson – descobri há oito anos. Em alguns momentos, minhas mãos tremem, mas na maioria das vezes a doença é controlada. Isso não me impede de trabalhar. Quero ajudar as pessoas a lidar com o problema. Pelas leis naturais, eu nem estaria mais trabalhando...”, compartilha.
“Tenho uma média de seis médicos de diversas especialidades que me acompanham e estão abismados com a não evolução do problema. Consigo fazer exercícios, praticar tai chi chuan e gravar sem tremor. Não me atrapalha em nada. Até brinquei quando fui diagnosticado. Perguntei ao médico: ‘Quais são os sintomas da doença?’. Ele falou: ‘Tremor nas mãos e rigidez’. Respondi: ‘Bom, pelo menos facilita a masturbação, né?’”, continuou se divertindo.
Dusek conta que nunca se pronunciou sobre a doença, por que acreditava que pudesse acabar sendo melodramático. “Nunca fiz drama com doença ou com qualquer coisa que enfrentei. Não faço propaganda. Acho que desvia a atenção. Prefiro que prestem atenção ao lado artístico. Qualquer doença deve ser combatida com alegria. Não a vejo como castigo ou desgraça. Eu a enxergo como fator de iluminação. Se ela veio, foi para me iluminar. Quero ainda fazer um livro sobre isso...”, disse ele, enfatizando. “Alegria combate qualquer doença”, finaliza.Fonte:Bahia Noticias