Garotas que enviam mensagens de texto compulsivamente em seus celulares têm notas menores na escola. De acordo com um estudo publicado na última edição do periódico da Associação Americana de Psicologia, Psychology of Popular Media Culture, as mensagens digitadas se tornaram o meio de comunicação preferido pelos adolescentes, mas as meninas têm tendência a serem compulsivas e tirarem notas mais baixas.
Para a análise, os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, entrevistaram 403 estudantes americanos do ensino fundamental e médio. Os alunos foram questionados sobre sua relação com os celulares e mensagens de texto e também o desempenho acadêmico. Além disso, também foi criada uma escala de digitação compulsiva para diferenciar os jovens compulsivos daqueles que enviavam mensagens com frequência.
Ansiedade - O estudo revelou que 63% dos adolescentes recebem em média de 167 textos por dia. Desse número, apenas 35% afirma encontrar com os amigos, pessoalmente, fora da escola. Os resultados também mostram uma disparidade de gênero. Apesar meninos e meninas enviarem grande quantidade de mensagens, elas são 20% mais compulsivas do que os meninos. Além disso, para as garotas, quanto mais textos enviados e recebidos, menores as notas. De acordo com o estudo, os digitadores compulsivos estão tão preocupados com as mensagens que dormem menos e esquecem de fazer os trabalhos escolares.
Apesar de destacar a relação entre mensagens de texto e pior desempenho na escola, o estudo não afirma que esse tipo de comunicação é a causa das notas baixas dos adolescentes. De acordo com os pesquisadores, as mensagens são uma forma importante de comunicação social e podem até ajudar na escola se usados com orientação - o que pode estar por trás das notas ruins é a ansiedade ou distração, evidenciadas pelas mensagens constantes.
Em uma observação anterior, pesquisadores encontraram indícios de que os garotos mandam mensagens para transmitir informações, enquanto as garotas utilizam esse meio como uma forma de interação social, seja familiar, entre amigos ou amorosa.
(Da redação Veja)