Algumas mães acham graça em ter um filho “adiantadinho”, que fala, anda e escreve antes do tempo.
Algumas enchem a boca para dizer que seu filho pulou uma série, “de tão inteligentes que era”...
Aliado a isso, algumas escolas, para ganharem boas notas nas avaliações de desempenho escolar, adiantam a alfabetização de seus alunos. Pode ser uma fofura ver meninos e meninas tão novinhos já escrevendo. Porém, alerto para os riscos dessa situação.
Muito já foi estudado a falado sobre a importância de atividades lúdicas na infância para o desenvolvimento da coordenação motora, raciocínio e coordenação.
Até o 7 anos, segundo Rudolf Steiner (1861-1925), um dos fundadores do método pedagógico Waldorf, a prioridade deve ser o brincar, para que as crianças desenvolvam confiança em seu corpo e em suas potencialidades – ferramentas essenciais para a vida adulta.
Caso o tempo de crescimento da criança não seja respeitado e ela seja precocemente ensinada a ler e escrever, há probabilidade de que tenha deficiências nas habilidades que deveria aprendem no período pré-escolar (citadas acima).
Tendo sido alfabetizada cedo demais, uma criança pode sofrer de apatia, desinteresse, desmotivação e estresse.
Por isso deixo aqui o meu alerta para que as escolas se preocupem mais em formar alunos capazes de cumprir de maneira adequada as demandas gerais da vida, do que alunos com boas notas na escola, mas barreiras cognitivas e emocionais na vida adulta.
Por Helena Cardoso(disneybabble.uol.com.br)