A cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais, foi a mais afetada pela interrupção no abastecimento de água depois que a lama proveniente do rompimento das barragens em Mariana chegou ao Rio Doce. O município, que fica a 300 quilômetros do local do acidente, possui 280 mil habitantes que agora fazem filas para comprar água mineral. O prefeito decretou estado de calamidade pública. Nessa quinta-feira (12), moradores protestaram contra a Vale, que junto com a mineradora BHP controla a Samarco, responsável pelas barragens que se romperam em Mariana.
Eles bloquearam a linha férrea usada pela mineradora, pedindo uma solução para a falta de abastecimento. A prefeitura de Governador Valadares informou que fez um projeto para captar água de outros rios. Enquanto isso não ocorre, 38 caminhões-pipa percorrem cidades da região, para encher os tanques, e retornam a Valadares para, prioritariamente, abastecer hospitais e estabelecimentos como escolas e creches.
A Samarco informou à Agência Brasil que enviou ao município mais de 2,5 milhões litros de água para ajudar no abastecimento, além de 13 mil litros de água potável, e que a partir de hoje enviará 2,4 milhões de litros por dia. Neste fim de semana, a lama deve interromper o abastecimento de água nas cidades capixabas de Baixo Gandu e Colatina.