Investigado pela Operação Lava Jato, o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o baiano Aroldo Cedraz, estaria apreensivo com o teor do material apreendido pela Polícia Federal em seu escritório. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o conteúdo revela inúmeros e-mails trocados com o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), presidente nacional do partido Solidariedade. Nas mensagens, os dois discutiam detalhes da contabilidade da legenda. Cedraz tem relações estreitas com a agremiação.
Ele é apontado por lideranças da sigla como o “homem que viabilizou financeiramente” a criação do partido. Apesar de não ser filiado ao Solidariedade, o advogado é atuante dentro da sigla. Tiago integra a Executiva Nacional como secretário de Assuntos Jurídicos, além de ter, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, indicado seu primo, Luciano Araújo, para a tesouraria-geral do Solidariedade e para a presidência do partido na Bahia.
Araújo é apontado por Ricardo Pessoa, dono da UTC, também investigado pela Lava Jato, como emissário de propina no valor de R$ 1 milhão que teria sido destinado por Tiago ao ex-presidente do TCU, Raimundo Carneiro, que nega ter recebido o dinheiro. A atividade de Cedraz dentro da Corte de contas também está sofrendo investigação interna no órgão, após um levantamento feito pelo próprio tribunal apontar que advogados de seu escritório atuaram ou atuam em 182 ações no TCU.Fonte:Bahia Noticias