O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, auxiliou a edição de medida provisória para beneficiar as empreiteiras envolvidas em obras para a Olimpíada de 2016, no Rio. Segundo informações adquiridas pela Folha de São Paulo, o deputado recebeu, de acordo com a Produradoria-Geral da República, R$ 1, 9 milhão para auxiliar o benefício.
A propina teria sido paga em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 1,5 milhão. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a prática, desvendada em diversos casos, tenha transformado a Câmara em um "balcão de negócios".
Cunha teria contado com a ajuda do então senador Francisco Dornelles (PP), atualmente vice-governador do Rio de Janeiro. Ainda segundo o jornal paulista, Janot teria pedido o afastamento de Cunha. No mesmo texto, Janot fala sobre um recebimento de R$ 5 milhões por parte do vice-presidente do Brasil, Michel Temer; e sobre conversas que Cunha teria com Leo Pinheiro, dono da OAS. O documento foi enviado ao ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal, mas só será avaliado em fevereiro .