A taxa média de juros nas concessões de crédito subiu de 47,9% ao ano em outubro para 48,1% ao ano em novembro, de acordo com dados do Banco Central. Com essa alta, a taxa volta a ser a maior da série iniciada em março de 2011.
Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 278,1% em outubro para 284,8% ao ano no mês passado.
Ao longo de 2015, as taxas cobradas por uma das linhas mais caras que o consumidor pode acessar - perde apenas para o rotativo do cartão de crédito - subiram 83,8 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 o juro médio dessa modalidade estava em 201% ao ano.
Desde o início do ano, em todos os meses a taxa de juros tem sido recorde e batido a do mês anterior. Nos primeiros onze meses deste ano, a taxa subiu 10,8 pontos percentuais. Em doze meses, a alta é de dez pontos.
Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 64,7% em outubro para 64,8% em novembro. Com a alta, também há renovação do recorde da série. Para pessoa jurídica, houve estabilidade de outubro para novembro, com a taxa permanecendo em 30,2%.
Para o crédito pessoal, a taxa total caiu de 52,9% em outubro para 51% em novembro. No caso de consignado, a taxa passou de 28% para 28,4% de um mês para o outro e, nas demais linhas, de 129,3% para 120,4%.
No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 25,9% para 26,2% de outubro para novembro.
A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, caiu de 30,5% em outubro para 30,4% em novembro.
Cartão de crédito - O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 1,5 ponto porcentual de outubro para novembro, de acordo com dados do Banco Central. Desde janeiro a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento, que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de 97,5% ao ano em outubro para 99% ao ano no mês passado.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Ela atingiu a marca de 415,3% ao ano em novembro depois de chegar a 405,2% em outubro. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 3,5 pontos de outubro para novembro, passando de 131,3% ao ano para 134,8% ao ano.
(Com Estadão Conteúdo)