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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Nome da operação é impróprio; em certa medida, Cunha está mais para Cícero do que para Catilina

Em todos os lugares — e também na Wikipedia, acabei de constatar — se faz um resumo bastante insuficiente da vida do senador romano Catilina, apresentando só como um pilantra que tentou derrubar a República por motivos pessoais.

“Catilinárias” é o nome que recebeu a série de quatro discursos que o também senador Cícero proferiu contra Catilina no ano de 63 a.C.

Mas Catilina era um pouco mais do que um patrício arruinado que punha em risco a República para cuidar apenas de seus interesses. Ao escolher esse nome para a nova fase da operação, é evidente que a Lava Jato deixa claro que o alvo principal é Eduardo Cunha. Da mesma sorte, há aí uma apreciação crítica do trabalho do deputado.

Sabem o que está profundamente errado aí? Eduardo Cunha está mais para Cícero do que para Catilina. Refiro-me, no caso, ao padrão ideológico.

Cícero era um conservador brilhante e um inimigo, para colocar em termos contemporâneos, de populistas à moda Catilina, que vivia vociferando contra os ricos, contra, ora vejam, a “Dona Zelite”. E que partiu para a luta armada.

Não por acaso, o brilhante orador se opôs também a Cesar. Se não participou do complô para mata-lo, parece que não, ajudou a criar o clima. E chegou a escrever que gostaria, sim, de ter participado.

Cícero sabia que as circunstâncias conspiravam em favor do fim da República, antevê o seu declínio, luta contra o inexorável e perde a vida por isso. Seu confronto com Marco Antonio custou-lhe a vida.

Cabeça e mãos foram cortadas: o órgão que tramava e os que escreviam.

Só para registro: ainda que em dimensões estupidamente menores, sabem quem está mais para Catilina na política brasileira? Não é Eduardo Cunha, não, mas Guilherme Boulos: pertence à elite, usa causa pública em benefício de seus interesses (ainda que sejam os ideológicos), faz discurso rancoroso contra as elites, mobiliza seu próprio exército e adota praticas que o Código Penal define como criminosas.Fonte:Reinaldo Azevedo