O Governo da Bahia poderá implantar em Feira de Santana uma policlínica regionalizada que vai atender 28 municípios através de um consórcio de saúde. A implantação desse equipamento foi discutida durante uma reunião com a participação de representantes de 21 municípios da microrregião. A reunião, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (25), no auditório do Hospital Estadual da Criança (HEC), foi coordenada pelo secretário estadual de saúde Fábio Vilas Boas e contou com as presenças de oito prefeitos, treze secretários municipais de saúde e quatro deputados estaduais.
Fábio Vilas Boas disse que o objetivo da reunião foi estimular que as prefeituras façam parte do consórcio que é uma ideia do governo do estado da Bahia. “Esse consórcio vai viabilizar várias ações de média complexidade na região de Feira de Santana, com financiamento do estado”, informou. Ele disse também que várias unidades de saúde poderão ser criadas a partir do consórcio, como pequenos hospitais, maternidades, integração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), laboratórios; Laboratório Central de Bahia (LACEM), entre outros.
Segundo o secretário, essas estruturas citadas configuram ações de média complexidade que é o objetivo do estado, já que existem lacunas nessas áreas. Ele destacou que logo de imediato, cada consórcio vai ganhar uma policlínica regionalizada com 18 especialidades, que incluem: exames de bioimagem, atendimento nas áreas de neurologia, cardiologia, entre outros. O estado vai investir na construção da policlínica 17 milhões de reais.
O secretário municipal de saúde da cidade de Pé de Serra, Ulisses Jarbas Silva de Miranda, que é presidente da Comissão Intergestora Regional (CIR), entidade que reúne os secretários municipais da microrregião de Feira de Santana, diz que o projeto deveria passar pela comissão, o que não aconteceu. “Essas reuniões estão sendo repetitivas, estão querendo usar o modelo de gestão do estado do Ceará, com instalação de policlínicas com o horário marcado, sendo que tudo isso vai ser regulado”, observou.
Ele disse que sente até trauma em falar em regulação na Bahia porque não há vagas e não se tem para onde mandar pacientes, gestantes e nem pessoas com politraumatismos. Na opinião de Ulisses Jarbas deveria se melhorar primeiro a saúde como um todo, resolvendo os problemas antigos e não formar um consórcio impondo aos municípios, uma policlínica, sem resolver os problemas de base.
A secretária municipal de saúde Denise Mascarenhas, diz que Feira de Santana aceita participar do consórcio. “Eu acredito verdadeiramente que virá esse modelo de policlínica, para atendimento eletivo. Isso vai crescer assistência aos cidadãos de Feira de Santana e de cidades da microrregião”, afirmou.
O deputado José Neto, líder do governo elogiou a atitude da prefeitura de Feira de Santana em ter aceitado participar do consórcio. “Esse abraço dado pela nossa cidade ao consórcio é meio caminho andado”, disse. Ele acredita que a policlínica será construída em Feira de Santana e terá 18 especialidades. Sendo que os municípios que fizerem parte do consórcio terão direito aos serviços que serão oferecidos pela policlínica.Fonte:Acorda Cidade