A inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ficou em 0,9% em dezembro e fechou 2015 em 11,28%. O valor foi bem mais alto do que o verificado em 2014: 6,23%. Foi, ainda, a taxa mais elevada desde 2002 (14,74%).
A alta de preços para as famílias de baixa renda foi também mais alta do que a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 10,67% no ano passado.
O que ficou mais caro em 2015 para essas famílias de menor renda foi a moradia (alta de 18,22%).
Em seguida, aparece alimentação e bebidas (12,36%), transportes (11,77%) e despesas pessoais, como manicure, cigarro e loteria, que subiram 10,44% no ano passado.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Alta maior em Curitiba
Dos locais pesquisados, a região metropolitana de Curitiba foi a que teve a inflação mais alta para as famílias que ganham até cinco salários mínimos: 13,81%. O principal motivo foi o reajuste de 50% nas alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre vários itens. Ainda na capital paranaense, a alta da conta de luz chegou a 68,95%.
A inflação mais baixa foi o da região metropolitana de Vitória (9,50%), onde não ocorreu reajuste nas tarifas dos ônibus urbanos durante o ano passado.
Veja a inflação para a baixa renda em 2015 por região:
Curitiba: 13,81%
Goiânia: 12,19%
São Paulo: 12,02%
Rio de Janeiro: 11,86%
Porto Alegre: 11,74%
Brasília: 11,47%
Fortaleza: 11,45%
Campo Grande: 10,45%
Recife: 10,39%
Salvador: 9,96%
Belém: 9,86%
Belo Horizonte: 9,71%
Vitória: 9,50%