“Já sabíamos que os compostos aromáticos, ou terpenoides, reconhecidos a partir do cheiro forte de certas plantas, são inseticidas. Se eu pegar a folha da pitanga e amassar, por exemplo, vou sentir o cheiro da pitanga. O mesmo ocorre com o cravo da índia. Essas plantas têm uma quantidade boa desses compostos chamados terpenóides”, explicou. Os óleos essenciais da cutia e da umburana também são obtidos por meio do sumo da folha. Os pesquisadores testaram os óleos de diversas plantas, como determina a Organização Mundial de Saúde.
Os pesquisadores colocam o óleo misturado com água em copinhos e colocam 10 larvas do mosquito. Após 24 horas, contam quantas larvas morreram e avaliam se o resultado foi satisfatório. O coordenador da pesquisa diz que a vantagem desse tipo de pesticida é que essas substâncias são mais seletivas e agem em pragas específicas. Os resultados dos testes mostraram que os óleos matam mais de 50% das larvas, número de referência na biologia para saber se um composto funciona. “Um produto é considerado eficaz quando mata 50%”, ressaltou.
Agora, os pesquisadores estudam se os óleos fazem mal apenas aos mosquitos e saber qual dose pode ser utilizada em pessoas, sem causar intoxicação. O grupo espera buscar parcerias com a iniciativa privada para disponibilizar os óleos ao mercado a partir do segundo semestre desse ano. As plantas usadas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, e também podem ser encontradas em Sergipe e no Espírito Santo.Fonte:Bahia Noticias