O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira (14), que o governo reconhece que as manifestações ocorridas nesse domingo (13) foram “vigorosas”, mas que também foram produzidas por federações de empresas. “O que não tira o seu valor. Nessa manifestação tem uma agenda que considero negativa porque não tem uma proposição. Tem um “tira fulana” e pronto.
Isso não vai resolver o problema do Brasil. Impeachment não é remédio nem para impopularidade nem para crise econômica. De qualquer forma, deve ter animado a oposição”, disse após a reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, o governo não tem “nada de bombástico para anunciar” como resposta às ruas. “O que a gente vai fazer é apressar o que já vem fazendo. Tem vários componentes, mas o componente que considero fundamental é o da economia.
Se a economia estiver apontando desemprego e diminuição da atividade econômica, não há alegria nas pessoas. Se você tem um processo que é de baixa da atividade econômica, evidentemente que há um mau humor no comércio, na casa das pessoas, nas famílias. Este [retomada econômica] é o único remédio que eu acho que tem que ser feito e esse remédio está sendo pensado”, acrescentou à Agência Brasil. Na avaliação de Wagner, os protestos não enfraquecem o governo. “As pessoas que estão indo à rua têm um perfil claramente oposicionista.
Se 51 milhões de pessoas foram às urnas na eleição [de 2014] para ser contra o governo da presidenta Dilma ou do PT, acho que o protesto não enfraquece. É uma parcela [da população]. O que o governo precisa para ter mais gás é a recuperação da economia, a volta da geração de empregos”, completou.