NOVA RÁDIO CLUBE SERRINHA 24 HORAS NO AR

RADIOS NET:MELHOR PLATAFORMA DE RÁDIOS

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.
DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Datafolha diz que, hoje, 60% dos deputados votariam pelo impeachment. Por que acho o número pouco confiável

O Datafolha publicou uma nova pesquisa sobre a tendência dos deputados e senadores em relação ao impeachment de Dilma. Já critiquei o levantamento anterior, realizado em dezembro do ano passado, e volto a fazê-lo. Ainda que eu estivesse aplaudindo o resultado — e não o considero ruim —, estaria aqui a dizer o que digo: acho a metodologia tecnicamente insustentável. Vamos ver.

Segundo o instituto, hoje, 60% dos deputados tenderiam a votar em favor do impeachment. Se isso representasse o total, Dilma continuaria presidente, pois são necessários dois terços do total — 66,66% — para aprovar o impedimento.

E onde está a falha insanável? Num colégio de 513 pessoas, o único levantamento confiável é o feito voto a voto. Não existe tendência: é impossível colher uma amostra representativa. Tanto é assim que a pesquisa não tem nem margem de erro nem intervalo de confiança. Infelizmente, acho que se trata de uma forçada de mão técnica.

São 513 os deputados, e o instituto ouviu apenas 291 (56,72% do total). E como fez para chegar à conclusão de que seriam 60% (308) os pró-impeachment? Lembrem-se de que, para afastar Dilma, são necessários 342 votos.

O Datafolha explica: “Os resultados foram ponderados segundo as bancadas dos partidos, com o pressuposto de que a filiação é uma variável importante na definição do voto”.

Pois é. Aí está o problema insanável. Exceção feita, de um lado, aos partidos de oposição e, de outro, ao PT, PCdoB e PSOL, essa projeção é absolutamente injustificável. Quanto aos partidos citados, ela se faz desnecessária porque são posições de princípio.

As bancadas por afinidade — evangélicos, por exemplo — contam mais do que a filiação partidária. Com base na sua metodologia, o Datafolha aponta que, no PMDB, 59% dos deputados devem votar em favor do impeachment. Na minha conta, só 12 dos 67 peemedebistas se oporiam. Segundo o instituto, pois, o partido daria 40 votos em favor do impedimento. Há razões para acreditar que, hoje, seriam, no mínimo, 55.

De todo modo, mesmo com um método que me parece por demais impreciso, acho que os números são desanimadores para Dilma. Na amostra de 291 deputados, 60% se disseram a favor do impeachment; 21%, contra, e 18% não se posicionaram. Acho que é um indício importante de que a presidente marcha gritando “é golpe” para o abismo.

Nota: no Senado, foram ouvidos 68 dos 81 senadores — 83,9% do total. Eis um lugar em que os defensores do impeachment têm de atuar com mais afinco: o instituto aponta que 55% são favoráveis ao impeachment; 24% contra, e 21% não se posicionaram.

É bom não esquecer: é do Senado a palavra final. E também ali, no julgamento propriamente, são necessários, no mínimo, 66,66% dos votos para depor a presidente de vez.Fonte:Reinaldo Azevedo