O nome do cantor Roberto Carlos aparece nos documentos da firma panamenha de advocacia Mossack Fonseca, responsável pela abertura de empresas em paraísos fiscais. No último domingo (3), a Mossack Fonseca teve 11,5 milhões de registros vazados por uma série de reportagens “Panama Papars”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, ligado ao grupo Folha. Ainda de acordo com a coluna, o “Rei” é apontado como acionista da empresa “Happy Song”, criada em março de 2011 no Panamá e ligada ao músico apenas em 2015.
A companhia surgiu com o intermédio da consultoria uruguaia Baker Tilly e teve as ações originais emitidas sem o nome do dono nos documentos, endereçados apenas “ao portador”. A empresa tem como diretores três parceiros profissionais de Roberto Carlos: Reynaldo Ramalho, José Carlos Romeu e Marco Antônio Castro de Moura Coelho. Em resposta ao UOL, a assessoria de Roberto Carlos informou que a empresa está declarada à Receita Federal e ao Banco Central.
“As participações em empresas são devidamente declaradas, bem como seus rendimentos tributáveis ou não, e que as remessas de recursos são detalhadas conforme trâmite legal aplicável, qual seja, quando ao exterior, por meio de instituição financeira legalmente autorizada a operar no mercado de câmbio, e no Brasil pelo Banco Central”, afirmou Sylvia Silveira, executiva do Grupo Roberto Carlos.