O presidente do PT, Rui Falcão, assina uma nota que está no site do partido de impressionante delinquência política e que não resiste nem aos fatos nem à lógica. Segue seu texto em vermelho. Respondo em azul.
Mal começou e o governo usurpador confirma o que já prevíamos. Em sua primeira entrevista – e na de alguns ministros – o presidente interino anuncia a disposição de avançar em privatizações, em rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como de acabar com o multilateralismo da política externa brasileira, retornando à dependência dos Estados Unidos.
Não há uma só verdade aí. Ao contrário: Temer reafirmou o compromisso com as políticas sociais. Embora as privatizações sejam absolutamente necessárias, não há um posicionamento claro a respeito. Tomara que aconteçam. Quanto a acabar com o multilateralismo, eis a coisa mais estúpida da nota: ele certamente se refere à resposta dada pelo Itamaraty aos ataques que sofreu o governo brasileiro de ditaduras como Cuba e Venezuela e de lideranças bolivarianas da América Latina. Aliás, o ministro José Serra está de parabéns. Não deixou prosperar a farsa e deu a resposta necessária.
Num ministério sem mulheres e negros, com vários ministros investigados por corrupção, a revogação de direitos não se resume à reforma da Previdência, com fixação de idade mínima.
É a má-fé a serviço da empulhação. O governo Dilma também tinha investigados, como Edinho Silva e Aloizio Mercadante — em breve. Seu líder no Senado, Delcídio do Amaral, fez a mais explosiva delação premiada do petrolão, acusando Dilma de saber de tudo. Em breve, a própria presidente afastada deve passar à condição de denunciada. Na cabeça perturbada de Falcão, tudo isso é perdoável se houver algumas mulheres e alguns negros no governo. A perspectiva racista e misógina de Falcão é tal que ele acha que mulheres e negros devem ser usados como pesos na balança para compensar os bandidos. Essa seria a sua função. A isso conduz seu raciocínio.
Transparece também na fala do interino da Fazenda, quando informa que pretende desobrigar União, Estados e Municípios de investirem os percentuais mínimos de recursos na saúde e na educação. O desmonte da seguridade social (saúde, assistência social e previdência) faz parte do programa neoliberal “Uma Ponte para o Futuro”.
Rui Falcão
O programa “Uma Ponte Para o Futuro”, infelizmente, não é o programa de Michel Temer. O PT quebrou o Brasil e agora quer impedir o país de encontrar uma saída.
O governo Michel Temer precisa, com urgência, informar o país sobre a real situação da economia e demonstrar os rombos que o PT deixou. Em vez de ceder à patrulha politicamente correta da canalhada que foi apeada do poder, precisa se dedicar ao trabalho sistemático de informar a herança maldita deixada pela súcia.Fonte:Reinaldo Azevedo