terça-feira, 31 de maio de 2016
OMS aconselha sexo seguro até oito semanas após retorno de áreas afetadas por Zika
Pessoas que estão retornando de áreas afetadas pelo vírus zika devem fazer sexo seguro ou abster-se por pelo menos oito semanas, e não quatro como havia sido divulgado. O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Christian Lindmeier, disse que a recomendação, que duplica o intervalo previamente recomendada pela OMS, veio depois que cientistas descobriram que o vírus permanece nos fluidos corporais e no sangue por mais tempo do que se pensava. De acordo com O Globo, Lindmeier acrescentou, ainda, que caso o homem de algum casal esteja planejando uma gravidez tenha sintomas da doença, o período de abstinência ou sexo seguro deve aumentar para seis meses. “As pessoas devem praticar sexo seguro ou abster-se durante pelo menos oito semanas, se retornarem de áreas afetadas”, disse o porta-voz, acrescentando que as novas diretrizes "vão refletir o que temos aprendido sobre a doença e suas complicações". Em fevereiro, a evidência de que a infecção com o zika em mulheres grávidas é a causa de má formação congênita conhecida como microcefalia, e de outras anormalidades cerebrais graves em bebês, fez com que a OMS declarasse um estado de emergência de saúde global em fevereiro. O porta-voz da OMS afirmou que os cientistas ainda estão pesquisando acerca do tempo em que o vírus pode ser rastreado na saliva, mas que até agora os testes foram inconclusivos. “Tudo isso está sendo estudado para ver onde mais podemos encontrar o vírus e quanto tempo ele permanece lá”, afirmou Lindmeier.