A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU) não têm dinheiro para implementar o plano desenhado para frear o zika vírus. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, pelas entidades, foram levantados apenas cerca de US$ 5,7 milhões para enfrentar o vírus – pouco mais de 10% dos US$ 53,3 milhões solicitados.
Aos governos, as entidades haviam pedido doações e contribuições no valor de US$ 17,7 milhões, mas receberam apenas US$ 2,3 milhões até agora. Outras organizações também sofrem com a falta de fundos para combater o vírus.
A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) havia feito um apelo por US$ 8,1 milhões, mas recebeu apenas US$ 1,6 milhão para ações na região mais afetada pela doença. A AmeriCares, outro parceiro da ONU, solicitou US$ 4,1 milhões e recebeu apenas US$ 40.000.
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês) solicitou US$ 9,6 milhões e foi praticamente ignorado, recebendo apenas US$ 250.000. Até mesmo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) está desfalcado. Dos US$ 13,8 milhões pedidos, a entidade recebeu somente US$ 1,7 milhão.
Segundo a OMS, um novo plano será lançado em julho para lidar com o que a entidade chama de “proliferação” cada vez maior da doença. Para a agência, o zika vai continuar ganhando novos territórios.
Declarada como uma emergência internacional de saúde pública, o vírus obrigou a OMS a se mobilizar para tentar conter a doença, já espalhada por 60 países. Cientistas e até atletas já alertaram sobre os riscos dos Jogos Olímpicos do Rio, mas a organização afirmou que não existe chance de um adiamento do evento.
(Com Estadão Conteúdo)