Os valores informados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em sua delação premiada coincidem com o montante que foi pago pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia. Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo, os números sustentam a fala do delator no caso de pelo menos 14 dos 25 citados no depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato. Machado disse, por exemplo, que o presidente interino Michel Temer pediu, em 2012, R$ 1,5 milhão para a campanha à prefeitura de São Paulo do seu então correligionário Gabriel Chalita.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que a Queiroz Galvão doou R$ 1,5 milhão ao PMDB no dia 28 de setembro daquele ano. No mesmo dia, o partido repassou R$ 1 milhão para Chalita. No dia 2 de outubro, entregou outros R$ 500 mil. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, Felipe Maia (DEM-RN), Francisco Dornelles (PP), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Sarney Filho (PV-MA), Cândido Vacarezza (PT-SP), Luiz Sérgio (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Walter Alves (PMDB-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Agripino Maia (DEM-RN), Ideli Salvatti (PT-SC) e Jorge Bittar (PT-RJ) também receberam valores compatíveis com os citados pelo ex-presidente da Transpetro.