Recém-empossado secretário estadual de Educação, o senador licenciado Walter Pinheiro, que já foi candidato à prefeitura de Salvador, defendeu, em entrevista ao jornal A Tarde, que a decisão do PT de ceder a cabeça da chapa majoritária para o pleito deste ano “é um grau de amadurecimento”. “[É um] Sentimento de entender que não só se chama parceiros para o seu projeto. É positivo, para dizer aos parceiros que a gente não chama só para apoiar projeto nosso, mas também queremos apoiar projetos dos outros. É uma crítica que eu fazia ao PT”, afirmou ele, que chegou a ser cogitado, no início do processo de escolha, ainda não definido, como possível pré-candidato.
“Não só o PT, mas os partidos de um modo geral vão precisar muito de um processo de reformulação das práticas, condutas e na forma de atuar. Não tenho nenhuma mágoa nem ressentimento. Saí com muitos agradecimentos”, pontua. Segundo Pinheiro, apesar da saída do PT, sua discordância era com os rumos nacionais do partido, não com o núcleo local. Ele vê a pasta como um desafio. “Duas coisas me chamaram a atenção. Primeiro, estamos falando de um quadro de 85 mil pessoas, sendo 54 mil aposentados e 31 mil na ativa. É um desafio entender a proposta de colaborar com isso.
A outra coisa é a necessidade da educação de trazer elementos da área de tecnologia da informação”, afirma. O secretário informou que quer abrir as escolas nos finais de semana. “Por que uma escola como o Central não pode abrir no final de semana? Por que não pode ter um museu interativo? Esse museu de ciência e tecnologia interativo eu estou fazendo com algumas entidades da América Latina para trazer para Salvador, no prédio do Central. Uma das coisas que me chamaram atenção é que se tem 17 mil salas na Bahia, 4,2 mil delas vazias. Por que não podem ser ocupadas pela comunidade? Dessas, três mil estão na região metropolitana”, cita. Pinheiro disse que já começou a escrever um projeto para encaminhar ao Banco Mundial.