Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha, afirmou em depoimento à força tarefa da Operação Lava Jato, que a abertura de sua conta no exterior foi autorizada pelo deputado e que ele próprio permitia os gastos em lojas de luxo. Cláudia disse acreditar que os recursos vinham de atividades do marido no mercado financeiro e em empresas e afirmou que nunca indagou Cunha sobre a origem do dinheiro.
"A depoente nunca tomou conhecimento de nenhuma atividade empresarial desenvolvida por Eduardo Cunha no exterior". Cunha já tinha justificado o patrimônio pelo trabalho desenvolvido em comércio exterior nos anos 1980 e também declarou ao Conselho de Ética que apenas era "dependente" da conta de cartão de crédito da esposa. Segundo a mulher do deputado, ela "perguntou a Eduardo se poderia fazer aquisições de luxo e ele autorizava".
Alegou ainda que o marido trouxe os formulários para ela assinar, referentes à abertura da conta secreta, e que o próprio parlamentar foi autor da sugestão da abertura. Foi tomado também o depoimento da filha do deputado, Danyelle, que também informou às autoridades que achava que o dinheiro para sustentar a vida luxuosa da família vinha da atividade anteriormente desenvolvida por Cunha. Ela também afirmou que os gastos do seu cartão de crédito eram autorizados pelo pai e ela não recebia os extratos.