Um dos críticos ferrenhos do PT e da presidente afastada Dilma Rousseff e que votou contra ela na Câmara dos Deputados, Wladimir Costa (SD/PA) foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará. A cassação foi determinada nesta sexta-feira (8), por decisão unânime, devido ao uso de caixa 2 e por omissão de gasto de R$ 410 mil na prestação de contas da campanha eleitoral dele em 2014.
Costa foi um dos que chamaram a atenção quando o afastamento de Dilma foi votado na Câmara. Envolvido em uma bandeira do Pará, Costa fez um discurso duro contra a corrupção e lançou confetes no plenário. Costa também surpreendeu durante a reunião do Conselho de Ética que aprovou o relatório pela cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Integrante da tropa de choque de Cunha, ao lado de Tia Eron (PRB-BA), Wladimir Costa votou pela cassação do aliado, após haver encaminhado voto contrário e ter feito um discurso a favor do então presidente afastado da Câmara.
Segundo a Agência Brasil, como a decisão é em primeira instância, Costa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a sentença se confirme, o deputado ficará inelegível por oito anos. A relatora da representação foi a Juíza Federal Lucyana Daibes Pereira.