Por outro lado, a avaliação é de que a petista se mostra mais preocupada em preservar sua biografia do que retomar o poder ou trabalhar pela sobrevivência política da legenda. Em entrevista à Rádio Educadora na última quarta-feira (27), a presidente afastada transferiu para o partido a responsabilidade por pagamentos ilegais ao marqueteiro João Santana, que, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, afirmou ter recebido do PT recursos de caixa dois no exterior, relativos a pagamentos pela campanha de Dilma.
Já o ex-presidente Lula, réu em ação na Lava Jato por suspeita de tentar obstruir a Justiça, busca reconstruir sua própria imagem e defender seu legado. Para isso, tem viajado pelo país no que chama de “Caravana Popular em Defesa da Democracia”. Com isso, a estratégia do ex-presidente visa as eleições de 2018, independentemente de ser ele o candidato ou outro nome escolhido pelo líder petista.
O clima no partido em torno da possibilidade de salvação de Dilma pode ser definido com uma frase dita por um integrante da cúpula petista: “Não tem mobilização. Se ainda tivesse viabilidade, mas não tem”.