Um relatório divulgado nesta terça (12) pela Unaids, conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids aponta que a redução de novas infecções por HIV em adultos tem estagnado e que alguns países, inclusive, tiveram aumento de novos casos. No Brasil, por exemplo, o número anual de novas infecções subiu de 43 mil, em 2010, para 44 mil, em 2015. Segundo a Unaids, o HIV atingiu o pico em 1997 e, desde então, o número de novas infecções diminui 40%. O problema é que não houve progresso na maioria das regiões entre 2010 e 2015.
édio e o norte da África tiveram um aumento de 4%. O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, observou que o alarme está tocando. "O poder de prevenção não está sendo realizado. Se houver um novo aumento de novas infecções por HIV agora, a epidemia vai se tornar impossível de controlar. O mundo precisa tomar medidas urgentes e imediatas para acabar com a lacuna na prevenção." O relatório aponta que em 2015 havia 36,7 milhões de pessoas com HIV no mundo, sendo 34,9 milhões adultos e 1,8 milhão de criança. Do total, 57% sabem que estão infectados, 46% já têm acesso a tratamento com drogas antirretrovirais e 38% conseguiram zerar sua carga viral.
No Brasil, em 2010 eram 700 mil pessoas com HIV, em 2015 passaram a ser 830 mil. Em 2015 o número de novas infecções no país foi de 44 mil entre adultos e menos de 500 entre crianças. A Unaids estabeleceu metas para acabar com a epidemia de HIV no ano de 2030. . Elas propõem que, em 2020, 90% das pessoas infectadas sejam diagnosticadas. Dentro desse grupo, que 90% receba tratamento com antirretrovirais. E que, finalmente, 90% das pessoas em tratamento tenham carga viral zerada.