A decisão do Senado de cassar Dilma mas manter seus direitos políticos foi um tiro no pé do PT. Tirou da esquerda o direito de reclamar ou se revoltar contra o impeachment.
O sentimento de injustiça agora está com os antipetistas.
Eles saíram do processo com o direito de reclamar que Dilma foi privilegiada por um atropelo da Constituição. Para a turma que ocupou as ruas de verde e amarelo, não há notícia melhor. Dilma não é mais a vítima, mas a beneficiada por um corporativismo, um dispositivo para blindar próximos condenados na Lava Jato.
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Juristas devem se pronunciar sobre a validade da decisão do Senado, mas me parece haver motivo de sobra para revolta. O regimento do Senado não pode valer mais que o texto constitucional, que prevê perda do mandato e inegibilidade por 8 anos. Além disso, a Lei da Ficha Limpa determina o mesmo prazo de inegibilidade a condenados por órgãos colegiados.
Foi uma péssima jogada do PT. Sacrificaram a narrativa do golpe em nome de uma migalha – um possível cargo de deputada para Dilma em 2018.Fonte:Leando Nerloch(Veja)