Os minutos que sucederam a derrota para a francesa Audrey Tcheumeo foram de reflexão. Mayra Aguiar estava de cabeça baixa e precisava voltar para o tatame. Pela frente, teria a cubana Yalennis Castillo na disputa pelo bronze. Foi nisso que a jovem gaúcha, de 25 anos, se agarrou para subir lá, repetir o resultado de Londres-2012 e se tornar a primeira judoca do país a ter duas medalhas olímpicas no currículo.
“É um momento difícil quando se perde. Mas tem que ter a cabeça de mudar ali, esquecer. Em Londres aconteceu isso e vi que valeu a pena. Foi nisso que pensei. No quanto é bom ser medalhista olímpica. Então eu ia deixar o corpo no tatame, mas não ia sair sem medalha”, disse Mayra.
O gostinho do bronze parece, realmente, ter feito Mayra erguer a cabeça e mirar o futuro. Ainda na zona mista da Arena 2 do Parque Olímpico, ela já projetava sonhos mais altos e distantes. “Completei 25 anos e tenho muito caminho pela frente. Agora tem Japão (Tóquio em 2020), então começa um novo ciclo”, disse.
A francesa que venceu Mayra na semifinal acabou ficando com a prata. O ouro foi para a americana Kayla Harrison, que assim garantiu o bicampeonato olímpico. O outro bronze ficou com a eslovaca Anamari Velensek.