Chega ao fim o processo de impeachment que marcou uma fase decisiva no processo democrático do país, seja qual for seu resultado. A probabilidade cerca o presidente interino, Michel Temer, vai de encontro à presidente afastada, Dilma Rousseff, e ao PT comandado por Lula, que caminha numa corda bamba, estabelecendo o fim dos 13 anos em que o partido esteve no poder. Um período que foi marcado por alguns avanços e termina na maior crise que se tem notícia na história republicana. Esta quarta-feira, 31 de agosto, ficará marcada no calendário como um provável ponto a determinar mudanças, espera-se para melhor.
Tudo dependerá do novo governo a ser legitimado. Uma coisa é a interinidade e outra é estar no comando de um país que passa a exigir transformações, para deixar a crise para trás. Será de Temer esta missão. Depende dele as mudanças que prepara. Dilma Rousseff será passado, mas é justo dizer que ela brigou para permanecer no cargo e foi ao Senado enfrentar uma maioria que tinha sua decisão já estabelecida. Foi recebida com civilidade pelos parlamentares, de tal modo que ela explicou o que podia explicar, mesmo que estivesse errada nas suas convicções.
O país, assim, deve ditar uma nova fase da sua história e o fará respeitando a constitucionalidade e, consequentemente, o processo democrático. O novo governo terá que estabelecer as transformações exigidas para sair do caos em que o país está imerso para retornar ao seu rumo. É o dever que compete a Michel Temer, com o apoio das forças políticas congressuais. O PT foi um marco, mas cometeu seguidos erros, de tal modo que o seu líder, Lula, está no momento envolvido em dificuldades que será para ele difícil encontrar saídas em relação às denúncias que o acompanham. Portanto, estamos diante do fim de um ciclo. O que virá adiante será uma interrogação. O novo ciclo que se segue compete somente ao futuro.Fonte:Bahia Noticias