Durante coletiva para detalhar a denúncia, o coordenador da equipe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, classificou Lula como o “comandante máximo” do petrolão e que, sem ele, o esquema não seria possível. A reação do petista às declarações da procuradoria veio rápida, antes do término da coletiva convocada pela MPF.
Em um ataque direto a Dallagnol, Zanin ironizou a sua fala, taxando-a de”incompatível” com o cargo que ocupa. “Um novo país nasceu hoje sob a batuta de Deltan Dallagnol e, neste país, ser amigo e ter aliados políticos é crime. Sua conduta política é incompatível com o cargo de Procurador Geral da República e com a utilização de recursos públicos do Ministério Público Federal para divulgar suas teses”, afirmou o advogado, que errou ao citar o posto de Dallagnol que é procurador da República do MPF do Paraná. O PGR é Rodrigo Janot.
Pela primeira vez na Lava Jato, Lula foi acusado formalmente pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. Segundo Dallagnol, ele recebeu propina em forma de benfeitorias no imóvel num valor total de 3,7 milhões de reais. Apesar das evidências colhidas pela Lava Jato, Zanin voltou a dizer que o ex-presidente não é proprietário do apartamento que ganhou reformas da empreiteira OAS, enrolada no esquema de corrupção da Petrobras – portanto, “não seria beneficiário de qualquer benesse”, disse Zanin.Fonte:Veja