Uni, Duni, Tê e outros hits do grupo Trem da Alegria não são as lembranças mais marcantes de Patricia Marx dos anos 80. A cantora paulista teve uma infância tranquila longe dos holofotes até os 8 anos, quando participou de um festival e conheceu seus futuros parceiros Luciano, Juninho Bill e Vanessa no grupo infantil. Com o sucesso do Trem da Alegria, descobriria, ainda menina, o lado obscuro da fama. “Ouvi coisas tenebrosas e fui assediada sexualmente muitas vezes por produtores, cantores, artistas, diretores de gravadora”, conta.
Na seção Primeira Pessoa da edição de VEJA desta semana, Patricia, hoje com 42 anos, fala das marcas de uma fase de exploração, abusos e erotização precoce. Marcas que, com o tempo, se transformaram em depressão profunda.
“Tive nojo de mim”, desabafa. Mas o amor pela música prevaleceu e a cantora superou a vontade de desistir da carreira. Em uma reveladora entrevista ao jornalista Sérgio Martins para a TVEJA, Patricia fala dos primeiros passos na vida artística, das mudanças de rumo na carreira, da descoberta recente da ambiguidade presente nas letras das músicas do Trem da Alegria e da maturidade profissional alcançada pela liberdade de cantar o que ama.