O fim de semana, a começar pela sexta-feira (18), foi marcado pelo litígio entre o ministro Geddel Vieira Lima e o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que deixou o cargo justamente para não entregar os pontos a Geddel, no affair sobre o edifício de 30 andares que o ministro baiano desejava que o Iphan (ele diz que não pressionou) concedesse a licença para a torre, indo de encontro a sua legalização em cuja área não era permitida.
Geddel Vieira Lima não ficou bem no conflito, que ganhou dimensão nacional. Agora chega ao conhecimento que a primeira liberação da obra, posteriormente impugnada, partiu de políticos vinculados ao PT baiano, até porque na época o ministro não exercia poder no órgao por ser da oposiçao na Bahia.
Enfim, a permissão para a construção do prédio La Vue acabou negada. Mais ainda: Michel Temer, ao chegar à presidência da República teria pensado em desmontar o Iphan, esvaziando-o, para dar lugar a uma secretaria, ou coisa semelhante. Ao pensar melhor, preferiu manter o órgão, importante na questão das áreas que devem ser preservadas, principalmente em relação aos sítios históricos.
Além do mais, o setor da arquitetura é determinante na preservação destas áreas, como acontece em diversos países mundo a fora. Se Geddel perdeu a batalha que travou, por ter comprado um apartamento no La Vue, pior ficou diante da repercussão que tomou conta do país no final da semana, que ainda perdura. Estabelecer uma briga que levou ao pedido de demissão do ministro da Cultura de Temer, seguramente não valeu a pena. Se pensasse duas vezes teria, presumo, voltado atrás.Fonte:Bahia Noticias