O deputado estadual Joseildo Ramos (PT), presidente da Comissão de Constituição da Assembleia Legislativa, criticou nesta quarta-feira (23) a decisão do presidente Michel Temer de manter o ministro Geddel Vieira Lima no governo.
Para Joseildo, a grande preocupação do Palácio do Planalto é manter o foro privilegiado de Geddel, um provável alvo das delações que estão por vir no âmbito Operação Lava-Jato. “Só existe uma razão para atitude de prevaricação.
O medo de Temer de ver o amigo e braço direito nas mãos do juiz Sérgio Moro. Seria mais um fator de desestabilidade para um governo que além de ilegítimo é débil”, criticou. Nesta quarta, os executivos da Odebrecht começaram a assinar os acordos de delação na Operação Lava-Jato.
O executivo Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, citou em negociação para fechar delação, além do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), o secretário Moreira Franco (Programa de Parcerias de Investimentos) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Ao comentar o caso na tribuna da Assembleia, Joseildo destacou o comportamento de parte da sociedade, da própria oposição e hoje governo, além da imprensa em casos envolvendo petistas e o foro privilegiado. “ O Brasil pós-golpe criou algumas fendas de dois pesos e duas medidas. Doação para o PT é propina, para o PSDB é caridade.
A oposição fez carnaval com a nomeação de Lula, aqui se especulou sobre o foro para Wagner. E agora o que acontece? Um presidente ilegítimo prevarica e protege um ministro que confessou ter praticado, no mínimo, tráfico de influência”, concluiu.
Deputado Estadual Joseildo Ramos (PT)
Assessoria de Comunicação