O já tradicional Jogo das Estrelas, evento beneficente organizado anualmente por Zico, levou mais de 58.000 torcedores ao Maracanã na noite desta quarta-feira. A festa contou com a presença de estrelas do passado e do presente, como o atacante Neymar, e foi marcado por homenagens.
As equipes atuaram com o símbolo da Chapecoense nos uniformes e respeitaram um minuto de silêncio às vítimas do acidente aéreo na Colômbia. Zico se emocionou ao abraçar Mateus Pallaoro, filho de Sandro Pallaoro, o presidente da Chapecoense, morto na tragédia, que tinha o ex-jogador do Flamengo como maior ídolo. Foram soltados 71 balões verdes e brancos, em alusão ao número de total de morto no acidente.
No intervalo, foram a campo os ex-jogadores Alexandre Torres e Bruno Quadros, filhos de dois amigos que Zico perdeu em 2016, o ex-lateral Carlos Alberto Torres e o jornalista Raul Quadros. Zico ainda homenageou seus ex-companheiros de Flamengo pelos 35 anos do título mundial de 1981.
Zico abraça Mateus, o filho de Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense morto no acidente
Zico abraça Mateus, o filho de Sandro Pallaoro (Reprodução/)
O jogo terminou com vitória da equipe vermelha, de Zico e Neymar, por 8 a 4, sobre a equipe de branco, que teve Júnior e Emerson Sheik como destaques. Como a torcida do Flamengo era a imensa maioria, ídolos dos clubes rivais, como Loco Abreu, Gustavo Scarpa, Camilo, Carlos Germano e Renato Gaúcho foram vítimas de vaias e gozações das arquibancadas.
O auge da festa aconteceu logo no início, quando Zico aproveitou rebote de chute de Renato Gaúcho na trave e completou para as redes. O dono da festa ainda mandou uma bola no travessão na segunda etapa e viu os colegas Marinho, que negocia com o Flamengo, e Neymar, brilharem com gols.
Fumagalli e Loco Abreu também marcaram pela equipe de Zico. Emerson Sheik (duas vezes), João Paulo, ex-Guarani, e Vitinho, do Inter, descontaram para a equipe branca. No fim, Zico deixou o gramado ovacionado, para dar lugar ao neto Felipe, de oito anos. O garoto ainda teve tempo de marcar seu gol e fechar a festa com um abraço no avô, que vestia uma camisa verde da Chapecoense.