Um homem que estava com os sintomas da doença desconhecida que gera dores musculares intensas e deixa a urina escura morreu no município de Vera Cruz, na região metropolitana de Salvador, no último dia 31. A morte, a primeira confirmada desde o início do surto, foi divulgada nesta terça-feira (10) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), mas a identidade do paciente não foi revelada. Segundo informações da TV Bahia, a Vigilância Epidemiológica do Estado investiga se a morte foi provocada pela doença – o paciente tinha outros problemas de saúde, entre eles, hipertensão.
De acordo com o último boletim da Sesab, referente ao período de 14 de dezembro a 5 de janeiro, o número de casos suspeitos da doença chegou a 52. O boletim anterior, cujo intervalo finalizava em 30 de dezembro, eram 30 casos suspeitos. A Sesab informou que alguns dos casos podem ser notificações tardias. Os 22 novos casos foram todos registrados em Salvador. Ainda há o caso em Vera Cruz e um em Lauro de Freitas, de acordo com o boletim. As autoridades municipais e estaduais de saúde afirmam que 44 pacientes foram examinados e as amostras de sangue, fezes e urina coletadas foram encaminhadas para laboratórios de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
Amostras de peixe – inicialmente existia a suspeita de contaminação por consumo do peixe olho de boi – vão ser encaminhadas pelo Ministério da Saúde para os Estados Unidos. "Nós trabalhamos com quatro hipóteses: contaminação por bactérias, por vírus, por metais pesados e por toxina. A nossa maior preocupação é o número de casos. Nós estamos hoje com 52 casos, e não temos uma resposta para dar à população, e isso nos traz uma grande angústia", explicou a superintendente de vigilância à saúde da Sesab, Ita Cácia Aguiar.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram feitos exames na água que abastece a cidade e foi descartada contaminação. "A higiene pessoal, o cuidado com os alimentos e a busca por uma unidade de saúde nos primeiros sintomas é a recomendação que nós fazemos para a população neste momento", disse a coordenadora da vigilância epidemiológica de Salvador, Isabel Guimarães.Fonte:Bahia Noticias