O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, afirmou em delação premiada na Operação Lava Jato que pagou R$ 1 milhão para o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. O pagamento foi efetuado entre 2011 e 2012, para que não fossem criados empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma.
De acordo com a Folha, Duque relatou que se reuniu com Nardes em um jantar na casa do ministro para acertar o pagamento. Os valores foram repassados por Pedro Barusco, gerente de Serviços da Petrobras e braço direito de Duque na época.
Em março de 2016, Nardes apareceu como um dos nomes que recebiam propina da Petrobras - quando era deputado pelo PP. As declarações constam no anexo da negociação de Renato Duque com a força-tarefa da Lava Jato, a terceira que o ex-executivo tenta.
Desde ao ano passado a delação é negociada pela defesa de Duque, mas esbarra na proposta de pena de cinco anos de prisão. Procurado pela Folha, o ministro Augusto Nardes afirmou que as informações não são verdadeiras. "Nunca recebi o Duque em minha casa. (...) O condenei em processos do TCU. Deve ser vingança", declarou.