O risco de rebeliões tem deixado em alerta cinco estados brasileiros, cuja rotina nos seus presídios é apontada como tensa pelos serviços de inteligência do governo federal. A classificação da segurança dos presídios segue conforme quatro níveis: normal, alerta, tenso e conflito deflagrado. Estão em alerta os estados de Mato Grosso, Sergipe, Rondônia, Piauí e Ceará. No Norte, os presídios entraram em alerta máximo, após os massacres em Manaus (AM) e Boa Vista (RR). De acordo com O Globo, A Secretaria de Cidadania e Justiça de Tocantins disse que não podia informar se recebeu informes dos estados vizinhos, mas reforçou a segurança com servidores e faz revistas contínuas nos 41 presídios.
Além dos estados com presídios considerados barris de pólvora prestes a explodir, outros cinco registram disputas pelo controle de cadeias e do tráfico de drogas entre o PCC e facções ligadas ao CV - Acre, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Na tentativa de tentar prevenir massacres como os vistos nesta semana, alguns governos decidiram dividir os presos dentro do sistema penitenciário conforme os grupos que integram. No RN, o alerta é porque a facção Sindicato do Crime (SDN), ou Sindicato RN, é comandada por Gelson Lima Carnaúba, o G, também líder da Família do Norte (FDN), do Amazonas. O SDC surgiu há dois anos como forma de se opor ao crescimento do PCC no estado.
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), existem 26 facções criminosas no país que ocupam, separadamente, celas nos quatro presídios federais administrados pela União. Um relatório entregue ao Ministério da Justiça mostra que o número é maior: as cadeias brasileiras abrigam cerca de 80 grupos criminosos, quase todos sócios do Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo - únicas com atuação nacional.