Vagner Mancini, de 50 anos, se preparava para matar as saudades dos tempos de jogador, ao lado de amigos em Ribeirão Preto (SP), sua cidade natal, quando recebeu uma surpreendente ligação. “Topa dirigir a Chapecoense em 2017?” O treinador com passagem por grandes clubes como Grêmio, Santos e Cruzeiro, entre outros, não titubeou.
Aceitou a missão de reerguer a equipe destruída pelo trágico acidente aéreo na Colômbia, no fim de novembro, sem perguntar sobre questões burocráticas e salariais. A VEJA, Mancini falou sobre a hercúlea missão de encontrar reforços que se encaixem no perfil e na realidade financeira da Chapecoense e em dar padrão a um time completamente novo. Mancini acredita que a torcida em breve voltará a sorrir na Arena Condá.
“Queremos nos fortalecer com tudo o que aconteceu. Não podemos contar com a tolerância de todos, temos de acelerar o projeto. Quem veio a Chapecó tem de estar decidido a fazer um grande ano.” Até o momento, a Chapecoense anunciou pouco mais de dez reforços, todos com perfis semelhantes aos dos 19 jogadores que morreram na mata colombiana.
Mancini não dispensa a chegada de um craque consagrado, mas diz que todos têm de ter “a cara da Chapecoense” e se adequar ao teto salarial do clube – de 100.000 reais. O treinador agradeceu os clubes que ajudaram na reformulação de sua equipe e prometeu muita dedicação para honrar o pedido especial de duas senhoras de Chapecó. E já pensa – e sofre – até em como parar Messi, Neymar e Luis Suárez no Camp Nou.Fonte:Veja