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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Odebrecht enviou 'mensagem' a Dilma sobre doações irregulares, diz delator

O ex-executivo da Odebrecht João Nogueira disse no depoimento da delação premiada que Marcelo Odebrecht, herdeiro da construtora, pediu a ele para fazer chegar uma mensagem à então presidente Dilma Rousseff. De acordo com o delator, Odebrecht estava preocupado com os negócios da empresa, em risco por causa da Operação Lava Jato, e queria que a presidente soubesse que ele tinha informações sobre doações de dinheiro não contabilizado feitas para a campanha de Dilma em 2014.

Segundo Nogueira, em dezembro daquele ano, dois meses após a reeleição de Dilma, Marcelo Odebrecht procurou Nogueira e pediu a ele que marcasse uma reunião com o então governador eleito de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, ex-ministro da gestão Dilma e um dos aliados políticos mais próximos da ex-presidente.

"A intenção dele, ao encontrar o Pimentel, era passar uma mensagem para a presidente Dilma, até porque o Pimentel era muito próximo dela. Essa mensagem, eu entendi, era a comprovação, por meio de documentos, de que contribuições com recursos não contabilizados tinham sido de fato realizados na campanha dela, Eu já entendi do que se tratava. O Marcelo foi lá para provar", afirmou Nogueira na delação.

O depoimento de Borba faz parte dos mais de mil arquivos de vídeos com as delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht. Os depoimentos se tornaram públicos na semana passada, quando também saiu a lista do ministro Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), com pedidos de inquéritos para investigar os políticos citados.

Para o delator, a mensagem significava que Marcelo Odebrecht queria "implicar" o governo federal na crise como modo de "centralizar uma atitude" por parte da gestão Dilma.

"Como nada tinha sido feito até então, e o cenário de crise era dramático, entendi que o Marcelo foi lá demonstrar ao Pimentel que tinha havido de fato contribuições com recursos não contabilizados da campanha dela, a presidente. Para que ele, ministro, pudesse conversar com ela. Mostrar documentos que, de alguma forma, implicava governo federal para centralizar uma atitude do governo", completou Nogueira.

Ele disse ainda que, depois, Marcelo Odebrecht quis saber se o recado tinha chegado à presidente. Nogueira disse que falou com Pimentel e que perguntou ao governador como Dilma havia reagido.

"Ele [Pimentel] me disse que mostrou as mensagens e os documentos [à presidente]. Perguntei a ele como ela reagiiu. Ele disse que ela não estava blindada, ficou preocupada. Ficou preocupada porque teria percebido que não estava blindada e teria pedido ao Giles Azavedo, assessor próximo, se inteirar do tema, de como essas contribuições foram feitas", afirmou o delator.

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que nunca pediu recursos para campanha a Marcelo Odebrecht e que refuta as insinuações de que tenha beneficiado a empresa. O advogado do governador de Minas, Fernando Pimentel, do PT, disse que seu cliente sempre teve consciência da impossibilidade de qualquer interferência política na condução da Lava Jato.
'Motivado pela sobrevivência'

Entre os documentos entregues por João Nogueira no acordo da delação, está uma anotação do celular de Marcelo Odebrecht, onde Marcelo escreveu : "ela cai, eu caio".

"Marcelo estava sendo muito motivado pela sobrevivência, né, pelo instinto de autopreservação e pela sobrevivência que não era só dele, era do governo também. então, existia um interesse mútuo ali, existia uma emergência mútua", contou Nogueira.

Também em depoimento na delação, Marcelo odebrecht disse que se encontrou com a presidente Dilma nessa mesma época. Segundo ele, a conversa foi sobre a crise que a empresa enfrentava por causa da operação Lava Jato. Alguns contratos estavam sendo bloqueados e Marcelo Odebrecht pediu ajuda, queria algúem do governo que pudesse atuar a favor da empresa.

"Numa reunião que eu tive que a presidente, eu falei esse assunto lava jato tá criando várias dificuldades, inclusive quem pode ser nosso interlocutor no governo pra todo esse tema, os empréstimos travados, petrobras com varios problemas, e ela disse, fale com o Mercadante [então ministro da Casa Civil]", afirmou o herdeiro da construtora.
"Eu até enviei uma nota pro mercadante sobre os temas que estavam gerando a confusão na Lava Jato, e eu mandei para o Mercadante, falei com o Mercadante", afirmou Odebrecht.

O ex-ministro Aloizio Mercadante, do PT, disse que não recebeu delegação de Dilma ousseff para tratar de assuntos ligados à Lava Jato e que a reunião com Marcelo Odebrecht foi sobre economia.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Mercadante:

Nota

O ex-ministro, Aloizio Mercadante, nunca recebeu delegação da presidenta Dilma para tratar de assuntos referentes à Lava- Lato, como ela mesma já confirmou em nota pública. Este tema era acompanhado pelo governo junto ao Ministério da Justiça, AGU e CGU. A reunião que teve com Marcelo Odebrecht tratou de uma pauta econômica específica, sendo que a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) não verificou qualquer indício de irregularidade no caso. Prova disso, é que não há qualquer inciativa da PGR para este episódio.

O ex-ministro também jamais recebeu demanda ou tratou deste assunto com o governador Fernando Pimentel e nunca participou de qualquer reunião com quem é que seja sobre a empresa Engevix . Mercadante reafirma que jamais intercedeu junto a qualquer órgão ou autoridade em assuntos referentes à Lava-Jato. Importante destacar que também não há nenhuma iniciativa da PGR em relação ao ex-ministro envolvendo a delação de João Nogueira.Fonte:G1