Recentemente, o Pornhub, um dos maiores sites de pornografia do mundo, revelou que no ano passado foram assistidas 4,6 bilhões de horas de pornografia on-line, respondendo por 12,5 vídeos para cada pessoa no planeta. Para identificar se o hábito é um vício ou não, pesquisadores da universidade Eötvös Loránd, na Hungria, criaram um questionário simples e rápido.
O teste sugere reflexão sobre o quanto a pornografia é importante no dia a dia dos internautas, e como se sentiriam caso fossem impedidos de assistirem aos vídeos. “Identificamos um ponto de corte ótimo para distinguir usuários considerados problemáticos dos que não são”, disseram os psicólogos, em um artigo de pesquisa.
TESTE: Percebo que a pornografia é parte importante da minha vida:
A ideia é avaliar 17 afirmativas, de modo que a intensidade de cada uma delas seja classificada de acordo com estilo de vida de cada um:
De 1 a 7, quando 1 = nunca, 2 = raramente, 3 = ocasionalmente, 4 = às vezes, 5 = muitas vezes, 6 = frequentemente 7 = o tempo todo
Valerie Voon, neurocientista da Universidade de Cambridge especializada em vícios, estudou 19 usuários de pornografia compulsiva. No grupo, homens de 19 a 34 anos, tentaram e não conseguiram desvencilhar-se do hábito e perderam relacionamentos e empregos. Todos alimentaram o vício com pornografia on-line.
Um estudo semelhante realizado por pesquisadores da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, classificou usuários de pornografia em três categorias: usuário recreativo, moderado ou compulsivo. Descobriram que cerca de 12% dos usuários de sites de vídeos pornográficos poderiam ser considerados “compulsivos”. Um estudo anterior constatou que usuários compulsivos mostram em seu cérebro, os mesmos sinais de dependência como os viciados em álcool ou drogas.
Os três tipos de usuários:
Recreativo: Assistiram a uma média de 24 minutos por semana
Este grupo obteve baixa pontuação no quesito compulsividade, ainda que tenha demonstrado esforços para acessar à pornografia. Os usuários eram majoritariamente mulheres e pessoas que tinham relacionamento.
Moderado: Assistiram a uma média de 17 minutos por semana
Menos que o anterior, porém demonstraram certa angustia emocional ao assistir aos vídeos.
Compulsivo: Assistiram a uma média de 110 minutos por semana e o público foi majoritariamente de homens.
O comportamento desse grupo pode ser resultado de sexualidade compulsiva, o que inclui evitar interações sexuais reais com um parceiro.Fonte:Veja