O Bahia não decepcionou os mais de 41.000 torcedores que foram à Arena Fonte Nova e conquistou o título da Copa do Nordeste de 2017 ao bater o Sport por 1 a 0, com gol do atacante Edigar Junio no primeiro tempo. Foi o terceiro título da competição do clube baiano – o último havia sido em 2002. Com o título, o Bahia garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2018.
Como já tinha empatado o jogo de ida, no estádio da Ilha do Retiro, no Recife, por 1 a 1, a vitória simples foi suficiente para que a taça ficasse em Salvador. Com a conquista, o time do técnico Guto Ferreira iguala o próprio Sport em número de títulos e fica atrás apenas do Vitória, único tetracampeão da competição regional.
O gol do título saiu logo aos 12 minutos. Edigar Junio fez linda jogada pelo lado direito, aplicou uma finta desconcertante no zagueiro Durval e deu o toque por cobertura na saída do goleiro Magrão, para explosão da torcida tricolor nas arquibancadas. A pressão continuou e Edigar Junio quase marcou o segundo gol completando cruzamento de Allione, de cabeça, mas a bola bateu na trave.
O Sport buscava o empate, mas tudo se complicou para os pernambucanos aos 32 minutos, quando o atacante Rogério, que já tinha cartão amarelo, simulou um pênalti e foi expulso pelo árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento em lance bastante controverso.
O Bahia teve boas chances de ampliar, mas parou nas defesas do veterano Magrão. O Sport até buscou o empate, mas não teve forças. Após a partida, o clube pernambucano anunciou a demissão do técnico Ney Franco, que já vinha sendo bastante pressionado no cargo.
Festa da “Lampions League”
Mais uma vez, a Copa do Nordeste foi um sucesso de público e exemplo de organização. O apelido carinhoso e bem-humorado de “Lampions League” – que seria a versão nordestina da Champions League -, foi justificado com a belíssima festa na Fonte Nova nesta quarta-feira. Antes da partida, os torcedores usaram seus celulares e participaram de um show de luzes, com o troféu (de formato inspirado na “Orelhuda”, a taça da Liga dos Campeões da Europa) como protagonista no centro do gramado.
Em mais um ato de irreverência tipicamente nordestina, a banda Psirico foi a escolhida para cantar o hino nacional antes da partida, em ritmo de axé. Após o título, os jogadores do Bahia subiram ao palco para celebrar e dançaram com a banda. O lateral colombiano Pablo Armero, conhecido por suas habilidades como dançarino, era o mais empolgado.Fonte:Placar